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Entrevista da Maria Tatiane Neuro pedagoga

Entrevista da Maria Tatiane Neuro pedagoga

Entrevista com a neuropedagoga clínica e profissional Maria Tatiane sobre a volta às aulas presenciais e como esse processo pode ser favorável aos estudantes e profissionais que trabalham na educação.



O QUE É NEUROPEDAGOGIA?


A neuropedagogia tem o objetivo de se aprofundar em pesquisas cujas conexões neurais são evidenciadas. De qualquer forma, o diferencial desses estudos está no fato de que a neuropedagogia traz para o seu ambiente os conceitos relacionados à educação, ela aborda as associações dos estudos do cérebro com o contexto do ensino e aprendizagem; além das metodologias utilizadas. É muito comum que a neuropedagogia seja apresentada também como neuroaprendizagem, neuroeducação, pedagogia neurocientífica e outras denominações que tratam de relacionar a pedagogia com a neurociência.


A NEUROPEDAGOGIA AUXILIA NESSE PERÍODO DE RETORNO?


Nesse primeiro momento a missão de todos para esse retorno, será o acolhimento, diversas mudanças ocorreram, inclusive na vida social, emocional e familiar desses alunos. A Neuropedagogia é um campo de estudo que se preocupa com a forma como o cérebro humano adquire conhecimentos diversos e como guarda esse aprendizado, buscando auxiliar na oferta do conhecimento necessário para que crianças, jovens e adultos sejam acompanhados durante toda a aprendizagem.


AS VOLTAS AS AULAS SÃO POSITIVAS?


Sim, elas representam avanço e oportunidade de darmos continuidade na aprendizagem que deve ser contínua e significativa. Será uma nova experiencia, as instituições e os profissionais de educação, tem em mãos um novo desafio, será necessário desaprender para aprender sobre novas possibilidades. Mas em geral, o que não for positivo teremos a oportunidade de transformar e mais uma vez ressignificar esse novo momento.


QUAL A IMPORTÂNCIA DESSE MOMENTO PARA OS PAIS, ALUNOS, FUNCIONÁRIOS E PEDAGOGOS ?

Para os pais e alunos será uma oportunidade de acolhimento, de dá continuidade as expectativas desejadas com o aprender, aos funcionários e pedagogos um resgate da realização, do encontro, da oportunidade de concretizar planos e ver o aprendizado acontecer, com novos olhares e ainda mais significativo.


COMO OS ESTUDANTES DEVEM SE PREPARAR PARA A RETOMADA AOS ESTUDOS PRESENCIAIS ?

Todo recomeço demanda um planejamento. Portanto, com a volta às aulas não é diferente. É importante lembrar de definir objetivos e ações ideais para alcançá-los.

O planejamento para retornar ao modelo presencial de ensino exige ainda mais cuidado. Afinal, estamos lidando com uma nova forma de organizar espaços, atividades, funcionários e alunos.


OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS FORAM AFETADOS PELA PANDEMIA ?

Sim e se faz necessário lembrar da importância de olhar para os professores e demais funcionários que constituem a escola no momento de retomada das aulas presenciais. Serão eles quem acolherão tantos alunos e alunas emocionalmente abalados, seja por conta do isolamento social, ou por terem perdido familiares vítimas da pandemia, ou porque a família teve uma mudança no padrão de vida por complicações financeiras ocorridas nesse cenário tão desafiador. É necessário olhar com prioridade o bem-estar destes profissionais para que eles possam executar seu trabalho e encontrar novas soluções para os atuais desafios.


A profissional ressalta a importância de estudarmos o cérebro, a fim de encontrar ainda mais possibilidades no processo de aprendizagem diante de novos desafios, assim como o retorno das aulas presenciais.


O professor frente ao conhecimento da Neurociência poderá contribuir para o processo ensino-aprendizagem de forma enriquecedora e dinâmica, pois, ao compreender o processo cerebral, induzirá um desenvolvimento de trabalho com seus estudantes, aumentando a eficiência da aprendizagem escolar, rendimento deles, estimulando a interação entre as funções cerebrais e o dia a dia do ser humano.

A formação de educadores não se limita a um aprendizado de técnicas educativas, mas avança no sentido de constituição dos sujeitos, tornando essencial a criação de modos de ser e fazer. É essencial que educadores conheçam as estruturas cerebrais como interfaces da aprendizagem, já que os estudos da biologia cerebral vêm contribuindo para a práxis em sala de aula, para o entendimento das dimensões cognitivas, motoras, afetivas e sociais, no redimensionamento do educando e suas formas de interferir nos ambientes pelos quais perpassam. Se faz necessário compreender que a dificuldade de aprender não é uma situação isolada e que diversas vezes apresenta a necessidade de uma avaliação diagnóstica de especialistas para o tratamento das desordens do aprender. É imprescindível entender que tal processo é sinalizado e, por isso, torna-se indispensável o conhecimento do educador para discernir os sinais que são constantemente manifestados em sala de aula.



"Acredito nas Infinitas Possibilidades de Aprendizagens" Maria Tatiane.


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